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O quiabo é da mesma família botânica do algodão e do hibisco, como bem mostram as suas flores vistosas.
O quiabo já era
plantado, nas várzeas do Nilo, pelos egípcios 12 séculos antes de Cristo.
Existem relatos de sua introdução no Brasil, com o comércio de escravos em 1658
e no Suriname em 1686. Existem relatos do seu plantio nos estados americanos da
Filadelfia em 1748 e na Virginia em 1781.
O quiabo é conhecidos
em alguns países de língua inglêsa como ‘lady´s finger’ (dedo de moça) e
nos Estados Unidos como ‘ochra’ – uma variação do seu nome original ‘okwuru’
da África Ocidental. A denominação em português ‘quiabo’ e em espanhol ‘quimbombó e guigambó’ e ‘gumbo’ utilizada em uma parte dos Estados
Unidos deve vir da língua africana Bantu ‘kingombo’. É também comum que
ele seja denominado na Inglaterra como ‘bhindi,rbhendi ou bendai’.
O quiabo é um
alimento saudável por seu alto conteúdo de fibra, vitamina C, ácido fólico,
antioxidantes e é boa fonte de cálcio e potássio. Uma xícara de quiabo cozido
(em torno de 100 gramas) contém 20% das necessidades diárias de vitamina B e de
ácido fólico de um adulto.
As suas sementes são fonte de óleo
comestível, de sabor e odor agradáveis, ricas em gorduras insaturadas. As
sementes maduras e secas de quiabo, depois de torradas e moídas, foram e podem
ser usadas como substitutas de café, sem cafeína. No mercado americano é possível
encontrar ‘dried ochra chips’ – chips de quiabo, muito valorizados. Existem
muitas receitas de sua preparação, disponíveis na Internet. As folhas do quiabo
são consumidas, em alguns lugares como as de beterraba.
O fruto imaturo do quiabeiro é utilizado em muitos
pratos tradicionais como ‘frango com quiabo’ no Brasil, ‘gumbo’ no sul dos
Estados Unidos, ‘dishcah chua’ no Vietnam, ‘garri’ na Nigéria, ‘’callaloo’ no
Caribe. O caruru é comida tradicional da Festa de São Cosme e Damião muito
celebrada no Nordeste e o quiabo é o seu principal ingrediente como mostra a
receita.
Existem muitas variedades de quiabo no mundo –
diferentes variedades, formatos, sabores. As fotos anexas mostram algumas
variedades mais quinadas, mais largas ou finas, mais coloridas que a
brasileira. Um só experimento de competição de variedades de quiabo, realizado
por uma universidade americana, testou mais de 25 variedades de quiabo. No
Brasil praticamente só uma variedade é plantada, a ‘Santa Cruz’. Uma empresa de
semente apresenta em seu catálogos outras variedades como ‘Amarelinho’,
‘Clemson’ e o IAC – Instituto Agronômico de Campinas lançou dois cultivares. No
varejão da CEAGESP, aos sábados e domingos, uma variedade de quiabo quinada é
muito procurada pelo seu sabor. O melhoramento genético de quiabo no Brasil tem
muito a fazer.
Ingredientes
da Receita de Carurú100 quiabos
1 xícara de castanha de caju
100 g de amendoim torrado e moído sem casca
2 xícaras de camarões defumados, descascados e moídos
2 cebolas grandes
2 xícaras de azeite de dendê
3 limões
2 colheres de sopa de sal
4 xícaras de água quente
pimenta
gengibre
alho
Como Fazer Carurú
Lava-se os quiabos, enxugando bem para não formar baba quando picado.
Coloque os camarões secos e moídos a cebola ralada, alho, sal, castanha e amendoim para refogar no azeite de dendê. Ponha os quiabos picados, a água e as colheres de sopa de limão para cortar a baba.
Adicione ainda alguns camarões secos, inteiros e grandes. Cozinhe tudo até ficar pastoso.
Quando os caroços dos quiabos estiverem bem rosados, retire do fogo.
Na festa de São Cosme e São Damião, quando o caruru é de promessa, costuma-se colocar sete quiabos inteiros. O convidado que tiver no seu prato, ao acaso, um desses quiabos, fica na obrigação de oferecer ao santo outro caruru.
Fonte: http://www.receitastipicas.com/receitas/caruru.html
Anita de Souza Dias Gutierrez
Centro de Qualidade em Horticultura
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