A IMPORTÂNCIA DA LIÇÃO DE CASA
Confira abaixo a matéria “A
importância da lição de casa” publicada na revista Guia Prático Para Professores
de Ensino Fundamental I, disponível também no site da revista no link: http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/98/artigo264291-1.asp
A importância da lição de casa
Quando bem orientada e com ajuda dos pais, as tarefas tornam o estudo muito mais produtivo para as crianças
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A maioria dos educadores defende que aluno deve
ter espaço adequado, horário estabelecido para fazer as tarefas e ser
incentivado pelos responsáveis para adquirir disciplina e autonomia no momento
de realizar seu dever. Por isso, no Colégio Santa Maria, enquanto crianças da
Educação Infantil estão aprendendo a lidar com a lição de casa, as do 2º ano do
Ensino Fundamental se sentem mais habituadas, embora também necessitem de apoio
na hora de fazer suas tarefas.
No 6º ano, esse cenário muda completamente, pois
o desafio do aluno é justamente o de conquistar sua total independência em
relação aos estudos. Logo, como a relação escola-aluno-família se transforma ao
longo da vida acadêmica e o preparo de cada etapa resulta de um esforço
conjunto, educadoras do colégio comentam sobre esse processo comum a todas as
crianças. Mas, ao mesmo tempo em que explicam como os pais devem lidar com a
lição de casa dos filhos – para que a produtividade seja eficiente –, elas
também lançam as bases para que as demais escolas possam alicerçar seu próprio
trabalho.
Anote!
Estudos comprovam que crianças incentivadas pelos pais a estudar e a fazer as lições de casa têm um desempenho escolar melhor. No entanto, os pais devem ser alertados que estimular não significa executar a tarefa da criança. |
Preste
atenção!
Na escola tradicional, embora a lição de casa seja um recurso importante para a fixação dos conhecimentos ministrados em sala de aula, ela também tem como objetivo fazer com que o aluno exercite a própria responsabilidade e autonomia. |
Lição de Casa: aquisição da
autonomia
Edith Sonagere, orientadora da Educação
Infantil, conta que as crianças de 3, 4 e 5 anos levam para casa atividades
motoras, registros por meio de desenhos, exercícios matemáticos, coleta de
dados, entre outras. A orientação de como os pais devem se comportar é feita nas
reuniões pedagógicas e por meio de entrevistas quando necessário. “Como na
Educação Infantil as tarefas são simples e se reportam a conteúdos já
trabalhados em sala de aula, solicitamos às famílias que apenas releiam as
instruções e deixem os alunos fazerem a lição sozinhos. Caso a criança solicite
ajuda, apenas deverão estimular o seu raciocínio”, diz Edith.
Esse panorama muda no 2º ano do Ensino
Fundamental. Os pais são orientados a organizar a rotina dos filhos. Portanto,
eles devem estipular horário, desligar a TV e o rádio e indicar um lugar
adequado, onde a criança faça o dever sentada, com claridade e sem muitas
interferências do meio. De acordo com a professora Rosilene Moutinho Arriola,
nessa fase, a função do adulto é verificar se o estudante precisa de algum
material específico – como revistas para recortar, por exemplo. “No fim, os pais
podem rever a tarefa junto ao filho. Porém, também é importante valorizar o que
está bem feito e chamar a atenção para o que poderia ser melhorado, pois é
possível cobrar maior empenho com autoridade e carinho”, explica a
professora.
Explique
aos pais
Lição de casa não é punição e nem é dada para preencher apenas o tempo do aluno. Ela visa agilizar o processo de ensino-aprendizagem e para ser proveitosa deve ser feita em um clima prazeroso. Por isso, os responsáveis não podem demonstrar irritação quando a criança pede ajuda. Da mesma forma, também não é aconselhável ficar corrigindo tudo que os filhos fazem. Em vez disso, o certo é conversar com criança para descobrir quais são suas dificuldades e, então, apresentá-las na próxima reunião com os professores, para obter a orientação necessária para auxiliá-la em situações semelhantes. |
O
tempo dedicado ao dever de casa
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Entre 6 e 7 anos, a criança não deve ficar mais
do que uma hora realizando a lição diária. Passado esse tempo, ela se cansará e
passará a fazer a tarefa com pouca qualidade. “Como nessa etapa escolar, ela
também não consegue realizar pesquisas sozinhas, os pais podem ajudar
selecionando o material, lendo alguns trechos juntos, pesquisando na internet,
pois o aluno ainda está em fase de consolidação da alfabetização”, orienta
Rosilene.
Aos poucos, entre 8 e 9 anos, esse tempo pode
ser aumentado gradativamente. Assim, ao alcançar a faixa etária dos 10 e 11
anos, o estudante deverá ter em torno de duas horas para realizar suas
tarefas.
O
professor deve orientar
Os pais devem saber que o ideal para a criança
que estuda de manhã é chegar em casa, almoçar, fazer um pequeno descanso para,
depois, iniciar seus deveres. À tarde, sem um horário estipulado, ela se envolve
em outras atividades, acaba se cansando e, à noite, não terá a mesma disposição
para executar a lição.
O mesmo procedimento é válido para crianças que
estudam à tarde. Embora algumas realizem a lição à noite, o melhor é reservar
esse período para a interação familiar. Por isso, seria mais interessante fazer
a criança acordar, levantar, realizar sua higiene pessoal, tomar o café,
descansar um pouco e, então, iniciar suas tarefas. Assim, ainda sobra tempo para
ela realizar outras atividades. De certa forma, com toda essa preparação, a
disciplina se estabelece e a rotina de realização do dever de casa cria por si
só um processo de estudo, que faz o aluno se sentir mais seguro e pronto para as
próximas aulas. Consequentemente, quando ocorrer a passagem para o Ensino
Fundamental 2, o estudante também estará apto a se organizar de acordo com os
componentes curriculares, para obter o sucesso imprescindível aos seus estudos
sem muitos sacrifícios.
O professor também deve determinar a quantidade
e a diversidade de deveres que a criança terá que fazer em casa. Logo, é preciso
relembrar sempre que, ao sobrecarregar o aluno, em vez de dinamizar o
aprendizado, o máximo que se consegue é provocar o cansaço e o desinteresse
pelos estudos.
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